Augusto da Escóssia Nogueira,conhecido como Escossinha, nasceu em Mossoró, no estado do Rio Grande do Norte, no dia 14 de janeiro de 1900.Filho do jornalista João da Escóssia, exerceu cargos eletivos e de nomeação na cidade de Mossoró. Foi vice-presidente da Câmara de Intendentes no período 1937-1941, prefeito de 19 de fevereiro a 2 de agosto de 1946, suplente de Juiz Federal e Tesoureiro titular da prefeitura até a sua morte em 1951, aos 51 anos de idade
Além do pai jornalista, tinha um irmão, Lauro da Escóssia que
também era jornalista e seu avô paterno, Jeremias da Rocha Nogueira, que foi o
fundador do jornal O Mossoroense. Augusto da Escóssia dirigiu o jornal da
família de 1930 a 1934, cujas oficinas supervisionava desde a morte do seu pai
em 1919. Como prefeito, realizou "uma administração progressista e útil a
Mossoró. A ninguém perseguiu, nem permitiu que o dinheiro público fosse mal
aplicado",nas palavras de Walter Wanderley,num depoimento extraído do
livro "Legislativo e Executivo de Mossoró - numa viagem mais que centenária",
do historiador Raimundo Soares de Brito
Raimundo Soares de Brito, o jornalista Dorian Jorge Freire,
fala sobre o homem Augusto da Escóssia: - "Em Escossinha,o meu pai teve um
companheiro sincero, intrinsecamente leal. Ainda o vejo no seu terno de linho
branco e imaculado.Os cabelos penteados para trás. O escudo da Ação Católica na
lapela. O cigarro. O riso e o sorriso. O bom senso agudo, calmo, sábio a
contrastar com a impetuosidade cangaceira, os rompantes desabridos do irmão
Lauro da Escóssia.A capacidade não apenas de fazer e preservar amigos,mas de
constituir uma família numerosa,e na hora de se apresentar a Deus poder dizer,
com segurança que os justos conhecem:Daqueles que me destes não perdi
nenhum!"
Lauro da escossia
Lauro da Escóssia nasceu em Mossoró no dia 14 de março de
1905. Professor, jornalista e escritor. Considerado decano da imprensa
mossoroense. Seu amor ao jornalismo e ao O Mossoroense, o levava algumas vezes
a fazer o próprio jornal, sendo repórter, redator, gráfico, além de diretor.
Dedicou sua vida ao jornalismo. Faleceu em 19 de julho de 1988
Sobre Lauro e a sua ligação umbilical com O Mossoroense,
disse Raimundo Nonato:
"Ainda hoje, Lauro da Escóssia continua dentro da
oficina com o mesmo entusiasmo dos seus dias jovens, trabalhando, dirigindo,
fazendo tudo
E quando o tempo lhe sobra, o que é muito raro, toma uns
goles de café requentado, fuma um cigarro-mata-rato e dá uns curtos cochilos arriado
por cima dos fardos de papel.
Imensa e gloriosa compensação para um homem idealista que tem
naquelas velhas máquinas de fazer o jornal, um tesouro bem muito maior do que
aquele que enchia de vaidade o poderoso e sábio Rei Salomão!"
Lauro da Escóssia reabriu o jornal em 1970 e o comandou até a
venda, em 1975, quando o controle acionário passou a ser do médico Jerônimo
Rosado Cantídio, ligado ao grupo do deputado federal Jerônimo Vingt Rosado
Maia, adversário político dos Lauros (pai e filho), abrindo a 4ª fase. O jornal
manteve a linha noticiosa, mas ampliou a militância político e o espaço para
opinião.
FONTE – O MOSOSROENSE